Dentro da área de Negócios Internacionais, uma nova tendência surgiu no início da década de 2000, em complemento ao movimento de outsourcing que já se observava há décadas. Este movimento denominado offshoring passou a ocupar importante espaço na mídia e também em periódicos especializados, onde se procurou entender, caracterizar e delimitar sua abrangência, causas e conseqüências. Este trabalho procura contribuir neste tema através de um survey realizado junto a 172 subsidiárias de multinacionais instaladas no Brasil dos mais variados setores da economia. Com base nisso, quatro conjuntos de hipóteses foram elaborados para serem testados através das respostas obtidas com a aplicação de um questionário via Internet e que possibilitaram a verificação estatística para cada hipótese formulada. O primeiro conjunto foi referente aos tipos de atividades (estratégicas ou não-estratégicas) que a subsidiária desenvolve no país. O segundo conjunto está relacionado à terceirização de atividades. Se a terceirização faz parte do modelo de negócios adotado e que tipo de serviços contrata junto a terceiros. O terceiro conjunto questiona a percepção com relação à competitividade obtida pela subsidiária segundo os drivers encontrados, as ferramentas para decisão disponíveis e eventuais parcerias realizadas. Finalmente o quarto conjunto avalia a percepção dos respondentes com relação ao risco de perda ou inibição interna de competências. De forma geral, os testes realizados mostraram que as empresas pesquisadas realizam grande quantidade de atividades estratégicas, mas que também terceirizam serviços estratégicos em complemento às suas operações e modelos de negócios. Também foi observado que a competitividade é melhorada através do outsourcing de serviços, mas que também existe o receio de risco de perda ou inibição de competências, apesar de utilizarem ferramentas ou conceitos conhecidos como cadeia de valor, custo de transação, visão baseada em recursos e competências essenciais.

Within the area of international business, a new trend emerged in the early 2000s, in addition to the movement of outsourcing that has already been watched for decades. This movement called offshoring went on to occupy important space in the media and also in specialist periodicals, which sought to understand, characterize and delimit its scope, causes and consequences. This work seeks to contribute in this theme through a survey conducted among 172 subsidiaries of multinationals in Brazil from different sectors of the economy. Basis, four sets of hypotheses to be tested were prepared through the answers obtained by applying a questionnaire via the Internet and that allowed the statistical verification for each assumption made. The first set was covering the types of activities (strategic or non-strategic) that the subsidiary develops in the country. The second set is related to the outsourcing of activities. If outsourcing is part of the business model adopted and what kind of services hires along to third parties. The third set questions the perception with respect to competitiveness obtained by subsidiary second drivers found, available tools for decision and possible partnerships undertaken. Finally the fourth set assesses the perception of the respondents with respect to the risk of loss or inhibition of internal competence. Generally, the tests showed that the companies surveyed develop large amount of strategic activities internally, but that also outsource strategic services in addition to its operations and business model. It was also noted that competitiveness is improved through outsourcing services, but also there is the fear of risk of loss or inhibition of skills, although using tools or concepts known as value chain, transaction cost economics, resource-based view and core competences.