A complexidade do ambiente competitivo obriga as organizações empregar métodos cada vez mais sofisticados para trabalhar com sua estratégia corporativa. Uma das ferramentas discutidas academicamente e no meio corporativo, relacionada a gerir a estratégia empresarial, é o Balanced Scorecard, que possui, entre seus componentes, o Mapa Estratégico. Este estudo aborda a aplicação do método de Análise e Estruturação de Modelos (AEM), metodologia que lida essencialmente com temas complexos, na construção de Mapas Estratégicos. Os objetivos desta pesquisa consistem em entender se o resultado da aplicação da AEM contribui para a construção de Mapas Estratégicos, se este método colabora para uma maior participação das pessoas e se aprimora o processo de construção de um Mapa Estratégico. Foi realizada uma pesquisa experimental com uma amostra por conveniência de 110 alunos de pós-graduação de escolas de São Paulo, que participaram de um exercício de construção de Mapa Estratégico baseado em um caso real de uma empresa de gerenciamento de projetos de engenharia. Os grupos experimentais adotaram a AEM para construir seus mapas, enquanto que os grupos de controle construíram seus mapas no papel. Analisando os mapas construídos pelos grupos, como resultado apurou-se que o uso da AEM propiciou uma explicitação maior e mais abrangente das relações de causa e efeito existentes entre os diferentes objetivos estratégicos da empresa estudada. Já em termos das opiniões registradas nos questionários, a comparação entre os dois grupos trouxe apontamentos que evidenciam um processo mais estruturado, com a participação de cada integrante do grupo melhor distribuída, na construção dos mapas estratégicos dos grupos experimentais. Por outro lado, o grupo de controle foi mais enfático em destacar a aprendizagem de seus integrantes em relação à estratégia contida no caso e à concordância com o resultado do exercício, após construir seus mapas estratégicos no papel, apesar de o grupo experimental mostrar opiniões positivas sobre estes elementos também. Esta diferença de opiniões a favor do grupo de controle pode ter sido causada pelas melhorias que o software da metodologia AEM deveria passar na opinião dos respondentes, que, ainda assim, em sua totalidade, avaliaram positivamente o uso da ferramenta no exercício, como apoio à construção de Mapas Estratégicos. Por estes resultados, entende-se que existem evidências que apontam valer a pena utilizar a AEM nesta função, especialmente se seu software for aprimorado, tornando-se assim uma opção interessante para o apoio ao gerenciamento de estratégias empresariais por meio da construção de Mapas Estratégicos.

The complexity of the competitive environment requires organizations to adopt increasingly sophisticated methods to work with their competitive strategy. Among the tools discussed in both the academic world and the corporate milieu, is the Balanced Scorecard, which in turn has the Strategy Map among its components. This study approaches the application of the method of Interpretive Structural Modeling Structuring (ISM), a methodology essentially devoted to complex subjects, to the construction of Strategy Maps. This research aims at the following points: whether the employment of ISM could contribute to the construction of Strategy Maps; whether this method plays a role in making more people to participate; and whether it improves the process of construction of a Strategy Map. An experimental research has been conducted, with a convenience sample of 110 graduate students from business schools in the city of São Paulo who took part in an exercise of Strategy Map construction based on a real case of an engineering project management enterprise. The experimental groups employed the ISM to construct their maps, whereas the control group constructed their maps on paper. The ensuing comparison of the maps thus produced would show that applying the ISM allows for a greater and more comprehensive explanation of the causeeffect relations existing among the different strategy objectives of the company under study. As for the opinions recorded in the questionnaires, the comparison has provided evidence of a more structured process, with a better distributed individual participation within each group in the construction of strategy maps by the experimental groups. On the other hand, the control group has shown a deeper learning by its members in relation to both the strategy contained in the case and the agreement regarding the results of the exercise after constructing its strategy maps on paper, even though the experimental group has shown positive opinions regarding these elements as well. This difference in favor of the control group may have been caused by the improvements the ISM methodology software should have undergone, in the opinion of the respondents, all of whom, however, positively evaluated the tool in support to the construction of Strategy Maps during the exercise. Such results provide evidence that it is worthwhile to use the ISM in that function, especially if the software is improved, thus offering an interesting alternative for the support to the management of business strategies by means of the construction of Strategy Maps.