Exploramos a distribuição aleatória de processos entre juízes para avaliar como os bancos reagem ao depararem com magistrados mais ou menos favoráveis a eles. Partimos das informações do saldo de crédito dos quatro grandes bancos comerciais do Brasil e cruzamos com informações de sentenças emitidas pela Justiça Comum do Estado de São Paulo em que esses bancos foram réus na ação. Construímos uma variável instrumental a partir das decisões judiciais que considera todas as instituições financeiras -- não apenas as que observamos na amostra final -- para medir o nível de leniência de cada juiz em relação aos demais magistrados de sua jurisdição. Encontramos evidências que suportam a ideia de que instituições financeiras reagem restringindo crédito quando observam um judiciário desfavorável às mesmas.

We exploit the random assignment of cases to judges to assess how banks react when facing magistrates who are more or less friendly to them. From the balance information of the four major commercial banks in Brazil we cross-referenced this data to the information of sentences issued by the State Justice of São Paulo whose these banks are defendants in the lawsuit. We constructed an instrumental variable using judicial decisions that considers all financial institutions - not just those observed in the final sample - to measure the level of leniency of each judge compared to other magistrates in the same jurisdiction. This paper finds evidences that support the idea that financial institutions reacts constraining the credit offer when observed a not favorable justice.