Helicoverpa armigera é uma espécie que até 2013 era considerada praga quarentenária A1 no Brasil. Tratamentos com inseticidas são indispensáveis para o manejo de H. armigera em quase todas as culturas do mundo. Uma alternativa à utilização de inseticidas sintéticos para o controle de pragas é o uso de parasitoides do gênero Trichogramma. Em consideração a grande quantidade de aplicações de agroquímicos no sistema de produção de grãos, torna-se essencial avaliar a seletividade dos inseticidas utilizados, garantindo informações que auxilie na manutenção do T. pretiosum na área, podendo potencializar o controle biológico de H. armigera, sendo isto, importante para o estabelecimento do manejo integrado de pragas nas grandes culturas. Portanto, objetivou-se com esse trabalho: estudar a toxicidade aguda e a persistência de inseticidas sobre o parasitoide; estudar o efeito de inseticidas sobre a fase pupal do parasitoide; determinar a interferência dos inseticidas na capacidade de parasitismo. Dos inseticidas testados em condições laboratoriais, Nomolt®, Avatar®, Belt®, Premio® e Intrepid® foram considerados inócuos para adultos. Lorsban® e Engeo Pleno® são nocivos à fase de pupa, enquanto Acefato®, Pirate® e Belt® apesar de inócuos afetam as gerações seguintes. Pirate®, Lorsban® e Engeo Pleno interferem na capacidade de parasitismo, e Acefato® tem efeito deletério na geração que tem contato com o resíduo. Os inseticidas Nomolt®, Avatar®, Belt®, Acefato®, Premio® e Intrepid® foram classificados como inseticidas de vida curta (classe 1). Lorsban® tem efeito moderadamente persistente (classe 3) e Engeo Pleno® e Pirate® classificados como persistentes (classe 4). Portanto, visando um bom programa de MIP, deve-se optar pelo uso de inseticidas seletivos, ou inseticidas nocivos para adultos do parasitoide podem ser utilizados no campo desde que estes não estejam ocorrendo naturalmente ou que não coincida com épocas de liberação do mesmo.

Helicoverpa armigera is a specie that until 2013 was considered A1 quarantine pest in Brazil. Treatments with insecticides are indispensable for the management of H. armigera in almost every crops in the world. An alternative to the use of synthetic insecticides for pest control is the use of parasitoids of the genus Trichogramma. Considered the large number of agrochemical applications in grain yield, it is essential assess the selectivity of insecticides used, providing informations to assist in the maintenance of T. pretiosum in the area and can enhance the biological control of H. armigera, this being important for the establishment of integrated pest management in field crops. Therefore, the aim of this work was study the acute toxicity and the duration of the harm effects of insecticides on the parasitoid, study the effect of insecticides on the pupal stage of the parasitoid and determine the interference of insecticides on the parasitism capacity. Insecticides tested in laboratory conditions, Nomolt®, Avatar®, Belt®, Premio® and Intrepid® were considered innocuous to the adults. Lorsban® and Engeo Pleno® were harmful to the pupal stage, while Acefato®, Pirate® and Belt® although were considered innocuous they affect the next generations. Pirate®, Lorsban® and Engeo Pleno® interfered on the parasitism capacity, and Acefato® have a deleterious effect on the generation that has contact with the insecticide residue. The insecticides Nomolt®, Avatar®, Belt®, Acefato®, Premio® and Intrepid® were classified as short live (class 1). Lorsban® was moderately persistent (class 3) and Engeo Pleno® and Pirate® were classified as persistent (Class 4). Therefore, for an effective IPM program, it is important to use the selective insecticides. Insecticides that were harmful to the parasitoid adults could be used in the field, provided that the parasitoids do not occur naturally and the chemical applications do not coincide with the parasitoids release.