Foram coletados tripes em 25 das 40 espécies de fabáceas amostradas em quatro municípios do estado do Maranhão e em dois municípios do estado do Piauí. Foram examinados 818 exemplares de tripes pertencentes a 22 espécies. Doze foram identificadas: Bradinothrips musae (Hood, 1956); Caliothrips phaseoli (Hood, 1912); Dolichothrips indicus (Hood, 1919); Frankliniella brevicaulis Hood, 1937; F. gardeniae Moulton, 1948; F. insularis (Franklin, 1908); F. schultzei (Trybom, 1910); F. tritici (Fitch, 1855); Haplothrips gowdeyi (Franklin, 1908); Heliothrips haemorrhoidalis (Bouché, 1833); Salpingothrips minimus Hood, 1935 e Selenothrips rubrocinctus (Giard, 1901). Cinco são provavelmente novas espécies: Aulacothrips sp.; Frankliniella sp. 3; Hydatothrips sp.; Neohydatothrips sp. e Scolothrips sp. Não foi possível identificar cinco outras espécies, porque o conhecimento taxonômico de um gênero não ainda não está esclarecido (Xylaplothrips Priesner, 1928), porque as espécies pertencem a grupos próximos (Frankliniella sp. 1 e Frankliniella sp. 2) ou devido a diferenças, possivelmente intraespecíficas, com espécies descritas (Plesiothrips sp. e Scirtothrips sp.). Para 17 espécies de fabáceas foram estabelecidos os primeiros registros de associações com tripes. Dolichothrips indicus e Xylaplothrips sp. são novos registros de gêneros no Brasil. Além dessas, B. musae, F. gardeniae, F. tritici, Sa. minimus e Se. rubrocinctus são novos registros para o Meio-Norte do Brasil. Nessa sub-região, indivíduos amarelos e marrons de F. schultzei ocorrem simultaneamente. Foram estabelecidas as primeiras associações de Sa. minimus com espécies vegetais no Brasil. Algumas espécies de tripes conhecidas como pragas de fabáceas, principalmente no sul e sudeste do Brasil, não foram coletadas no Meio-Norte. Uma chave de identificação ilustrada foi elaborada. Os exemplares-testemunhas estão depositados na coleção do Departamento de Entomologia e Acarologia da Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz, Universidade de São Paulo (ESALQ/USP).

Thrips were collected on 25 out of 40 species of Fabaceae sampled in four municipalities in the state of Maranhão and two municipalities in the state of Piaui. A total of 818 thrips specimens, belonging to 22 species, were examined. From those species, twelve were identified: Bradinothrips musae (Hood, 1956); Caliothrips phaseoli (Hood, 1912); Dolichothrips indicus (Hood, 1919); Frankliniella brevicaulis Hood, 1937; F. gardeniae Moulton, 1948; F. insularis (Franklin, 1908); F. tritici (Fitch, 1855); F. schultzei (Trybom, 1910); Haplothrips gowdeyi (Franklin, 1908); Heliothrips haemorrhoidalis (Bouche, 1833); Salpingothrips minimus Hood, 1935 and Selenothrips rubrocinctus (Giard, 1901). Five probably belong to new species: Aulacothrips sp.; Frankliniella sp. 3; Hydatothrips sp.; Neohydatothrips sp. and Scolothrips sp. It was not possible to identify five other species, because the current taxonomic knowledge of one genus is not clear (Xylaplothrips Priesner, 1928) or the species belong to closely related groups (Frankliniella sp. 1 and Frankliniella sp. 2) or due to slight differences, possibly intraspecific, with described species (Plesiothrips sp. And Scirtothrips sp.). For 17 species of Fabaceae, the first records of association with thrips were established. Dolichothrips indicus and Xylaplothrips sp. are new records of genera in Brazil. In addition, B. musae, F. gardeniae, F. tritici, Sa. minimus and Se. rubrocinctus are new species records for the Mid-North. In this area, yellow and brown individuals of F. schultzei occur simultaneously. It was established the first association of Sa. minimus with plant species in Brazil. Some thrips species known as pests in Fabaceae in Brazil, mainly in southern and southeastern, were not found in Mid-North. An illustrated key was elaborated. Voucher-specimens are deposited in the collection of the Department of Entomology and Acarology, Escola Superior de Agricultura "Luiz de Queiroz", Universidade de São Paulo (ESALQ/USP).