A presente dissertação objetivou analisar o impacto dos royalties do petróleo no PIB per capita dos municípios da região Sudeste brasileira, calculando os efeitos diretos, indiretos e totais das receitas nas localidades beneficiadas. Com efeito, foram empregados modelos econométricos espaciais para controlar as interferências de componentes espaciais nas estimativas, e também para calcular o efeito spillover. Através da análise dos dados e dos testes estatísticos decidiu-se estimar o modelo espacial de Durbin, ou SDM, com a matriz de distância de Haversine inversa com raio de até 200 km. O efeito direto das receitas confirma os indícios de presença da maldição dos recursos naturais nos municípios da região Sudeste. O efeito transbordamento indica que os municípios do Sudeste afetam os seus vizinhos de forma não linear, mas pela média de dependência aos royalties, há indícios de que os efeitos negativos são mais presentes do que os positivos. Restringindo a amostra para os municípios do Rio de Janeiro, onde a dependência é maior, foi encontrado que os royalties não possuem efeitos nem positivos e nem negativos nos municípios beneficiados, porém, o efeito transbordamento é negativo e significativo, indicando, portanto, a presença de uma "maldição regional fluminense dos royalties do petróleo".

This paper aimed analyze the oil royalties impact upon Southeastern municipalities per capita GDP, estimating both the direct and the spillover effect of such revenues. The spatial econometric models were estimated to control the spatial interferences in the econometric estimations and estimate the spillover effect as well. The data analysis and the statistical tests indicated the Durbin spatial model as the best, or SDM, likewise the inverse distance Haversine spatial matrix considering a 200-km radio. The direct effect confirmed the evidences of "natural resource curse" presence in the Southeastern cities. The spillover effect showed the oil royalties no-linearly impact the neighbors of contemplated cities, however, considering the average oil dependency, there is an evidence of the negative impacts overcome the positive ones. Narrowing the sample to the Rio de Janeiro, where the dependency is worst, it was founded that oil revenues had no effect upon per capita GDP of these municipalities. Nevertheless, the spillover effect was negative and statistically significant, indicating, thus, the presence of a "oil royalties fluminense curse".