A obesidade é a afecção nutricional e metabólica mais comum nas sociedades desenvolvidas. O aumento dos depósitos corporais de gordura estão relacionados à alterações de funções fisiológicas e distúrbios que levam a queda na qualidade e expectativa de vida dos cães. A atividade física é de suma importância, uma vez que aumenta o gasto energético e pode auxiliar na prevenção da perda de massa magra durante o regime. Esse estudo avaliou a efetividade da prática de exercícios físicos regulares na taxa de perda de peso, composição corporal, potencial antioxidante, glicemia e insulinemia de cães obesos em restrição energética. Vinte cães obesos, de ambos os sexos e com índice de gordura corporal mínimo de 50 (Hills, 2013), participaram desse estudo e foram divididos em 2 grupos de 10 animais cada, G1 e G2. Todos os cães foram colocados em um mesmo protocolo de regime alimentar para perda de 20% do seu peso inicial. Ao G1 não foi recomendada a associação com exercícios, diferente do G2, cujo protocolo estabelecia atividade física em hidroesteira, três vezes por semana, durante 30 minutos. No início e no final do estudo foram analisados contagem total sanguínea, bioquímica, triglicérides, colesterol, funções renal e hepática, concentrações plasmáticas de glicose e insulina, avaliação da resistência insulínica através do índice HOMA e capacidade antioxidante total. O G2 apresentou maior porcentagem de massa muscular ao término do estudo em comparação ao G1 (p<0,05), no entanto, não houve diferença na taxa de perda de peso semanal entre os grupos (p>0,05). A prática de atividade física resultou em melhora da sensibilidade insulínica verificada pela redução do índice HOMA (p<0,05). Não foram observadas diferenças nas demais variáveis avaliadas. Concluiu-se que a asociação da restrição energética com a prática de atividade física regular resultou em melhores benefícios para a saúde dos cães.

Obesity is the most common nutritional and metabolic disorder in developed societies. Increases in body fat deposits are related to changes in physiological functions and disorders that lead to dogs quality and expectancy of life falls. Physical activities are of utmost importance as they increase energy expenditure and help in preventing lean mass losses during the diet. This study evaluated the effectiveness of regular exercise in the weight loss rate, body composition, antioxidant potential, glycemia and insulinemia in obese dogs. Twenty obese dogs of both sexes and with a body score of 50 or 60 according to the Hill's® Body Fat Index, participated in this study and were divided into 2 groups of 10 animals each, named G1 and G2. All dogs were allocated in the same diet protocol for loss of 20% of their initial body weight. using the same diet. All of them used the same diet, and Hill's r/d was the elected one. A weight loss protocol with physical activity was not imposed to G1 group, in contrast to the established protocol for G2 group that established physical activity in a water treadmill. At the beginning and at the end of the study, total blood counts, biochemistry, triglycerides, cholesterol, renal and hepatic function, plasma glucose and insulin concentrations, and HOMA index and total antioxidant capacity were evaluated. G2 presented a higher percentage of muscle mass at the end of the study compared to G1 (p <0.05); however, there was no difference in the weekly weight loss rate between groups (p> 0.05). The practice of physical activity resulted in an improvement in the insulin sensitivity of the HOMA index (p <0.05). No differences were observed in the other variables evaluated. It was concluded that the association of energy restriction with the practice of regular physical activity resulted in better health benefits for dogs.